quinta-feira, 10 de maio de 2012


                                      HÁ MALES QUE VÊM PARA O BEM!
-Alô!
-Alô!
-Quero falar com o Jorge.
-É ele. Quem fala?
-Oi Jorge, é a Gersoni. Tudo bem? 
-Nossa amiga! Você não imagina o que me aconteceu hoje! Você acredita que apareceu um cadáver na porta da minha casa!?
-O quê? Um cadáver? Como assim? Me explica melhor essa história!
-Então, hoje pela manhã, logo que acordei, estava escovando os dentes e a campainha da porta tocou. Fui correndo atender e para minha surpresa tinha um homem caído no chão. Olhei bem para ele e constatei que o mesmo estava morto! 
-E aí? O que você fez?
-Ah, eu corri ligar para a polícia. Fiquei ali, morrendo de medo, pensando o que poderia ter acontecido com aquele homem. Não demorou muito e começou a juntar uma multidão de pessoas curiosas para saber o que estava acontecendo. Quando os policiais chegaram expliquei o ocorrido e para minha surpresa tive que acompanhá-los até à delegacia para prestar depoimento.
-Meu Deus! Você! Na delegacia! E aí? Como você escapou dessa?
-Ah, eu relatei o fato, mas parecia que todos me olhavam com olhar suspeito. Conforme eu ia falando, o escrivão ia digitando tudo e depois de impresso, tive que assinar. Perguntei se eu estava liberado e disseram que sim, mas que se precisasse de mais algum esclarecimento eu seria notificado.
-Nossa, que dia amigo! E o cadáver, você descobriu quem era? Você conhecia? Descobriu mais alguma coisa?
-Ao sair da delegacia, fui ao velório. Alguns familiares estavam lá e me disseram que o corpo ainda não havia sido liberado. Fique aguardando. Gersoni, você não vai acreditar! Sabe quem era o falecido?
-Não! Quem?
-Era o Chico Nunes, aquele candidato a vereador. Ele estava passando nas casas para fazer uma pesquisa eleitoral e para apresentar sua proposta de traballho, quando de repente, sentiu-se mal e teve um enfarto fulminante. Morreu na hora.
- Justo na sua porta!
-É. Justo na porta da minha casa! E com essa história toda, acabei perdendo o dia de trabalho!
-É Jorge, mas há males que vêm para o bem. Te liguei pra avisar que acabei de ouvir no noticiário da TV que lá no seu trabalho houve um assalto hoje. Foi a maior confusão. Teve até refém. 
-Meu Deus, amiga. É, Deus sabe o que faz. Ainda bem que eu não estava lá. Bom, preciso desligar, pois vou no enterro do Chico. Até mais amiga.
-Até. Beijos.
Gersoni Regina Imbriani Bento

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